Heitor Costa tem o mundo aos seus pés.
Considerado o jovem empresário mais bem-sucedido da cidade de São Paulo, aos quarenta anos ele não mede esforços para conseguir o que quer, quando quer. O fim justifica os meios, é o seu lema.
Sócio e cabeça pensante por trás da Surrender, uma casa noturna de luxo que agita as noites na capital, divide seu tempo entre ela; o restaurante cinco estrelas que conquistou prestígio internacional; e a menina dos seus olhos, o clube secreto The Zone.
Com o ramo de entretenimento adulto sendo perseguido por um político corrupto, Heitor precisa ter cuidado redobrado e prestar muita atenção naqueles em quem confia.
Luna Ribeiro quer reconstruir o seu mundo.
Jornalista recém-formada e em busca de uma oportunidade, recebe uma proposta para investigar a casa noturna Surrender. Ela sabe que isso pode ser uma chance ímpar de não só arrumar uma vaga na maior emissora do país, mas também entender o mistério que envolve a morte de seu pai.
Um equívoco a obriga a se passar por uma garota de programa, ao se aproximar do diretor-executivo da Surrender.
Entre mistérios, mentiras e erotismo, um sentimento inesperado os une. E é também o que pode pôr tudo a perder.
O Amor é capaz de mudar uma pessoa? Levá-lo a redenção?
Nesse livro você encontra:
Conteúdo +18
Cenas hot de tirar o fôlego
Romance
No estilo “gato e rato”
CEO Arrogante
E totalmente desapegado
Diferença de idade
Pra deixar tudo mais interessante
Capítulo 1
Heitor
Pisquei os olhos pausadamente, ouvindo ao fundo uma música internacional soando baixo. Deitado sobre as costas, conseguia sentir os vincos dos lençóis amarrotados sob mim e o frio vindo do ar-condicionado ligado. A iluminação fraca, em neon azul, porém, me impedia de saber que horas eram.
Levei a mão ao rosto, pressionando o ponto entre os olhos, sentindo a cabeça pesada. Não era a minha intenção dormir aqui, essa sequer era a suíte que eu costumava pedir, mas precisava de uma distração para o dia infernal de ontem.
O quarto ainda cheirava a suor, perfume e fluidos, e minha boca estava seca. Devo ter bebido demais, lembro-me de ter tomado, sozinho, meia garrafa de uísque puro assim que cheguei aqui. Essa deveria ser a explicação para eu ainda estar aqui, nu e tendo apenas um lençol jogado sobre a virilha.
Virei a cabeça para o meu lado direito, notando a cabeleira loira espalhada pelo travesseiro. Como ela se chama mesmo? Busquei um nome pela memória, mas eram tantos que eles se confundiam. Não fazia questão de gravá-los, também. Uma de minhas exigências, comigo mesmo, era manter as mulheres que passavam por minha cama longe do meu convívio.
Não precisava ser amigo das mulheres que comia.
Inspirei fundo, apoiando meu peso sobre o braço, e passei os olhos novamente pelo corpo escultural. Tudo exatamente no lugar, sem um pingo de gordura. Deitada de bruços, as costas levemente voltadas para mim, a mulher bonita era uma propaganda de procedimentos estéticos bem-sucedidos.
Com a mão livre, deslizei o indicador pelas costas bronzeadas, dedilhando a coluna até alcançar a bunda perfeita. Mesmo adormecida, meu toque fez com que sua pele se arrepiasse. O corpo ondulou em resposta, empinando de leve o quadril.
Sorri, satisfeito. Não há noite boa de sexo que não deixe uma mulher receptiva pela manhã.
Refiz o caminho, subindo a mão até chegar aos cabelos macios e os afastei, com gentileza, deixando sua nuca exposta. Curvando-me sobre ela, passei os lábios lentamente pelo local. Mordisquei a pele macia e esfreguei o queixo em sequência, a barba por fazer arranhando e a ouvi gemer.
— Você é insaciável — acusou, com a voz grave e rouca. — Sequer me recuperei direito.
Foi inevitável sentir uma irritação pela inicial negativa. Deslizei minha mão, mais uma vez, por suas costas lisas até chegar à bunda volumosa e firme, e abri a palma, prestes a fazê-la sentir.
— Eu estou recuperada. — Uma outra voz, mais fina e sussurrada, soou atrás de mim, me interrompendo. Virei o pescoço por sobre o ombro, notando o olhar desejoso da morena de cabelos tão lisos que parecia uma índia.
Sentada na cama sobre os joelhos, ela enrolou uma mecha do cabelo no dedo, como se fosse uma garotinha ingênua. Querendo parecer inocente e angelical, mas sendo desmentida por seu olhar devasso.
Essa, eu lembrei o nome. Íris, nome de sereia. Não se esquecia o nome de alguém com uma boca tão deliciosa para um boquete. Foi ela quem me chamou a atenção, ontem à noite, quando se aproximou de mim com uma desculpa esfarrapada qualquer e quando vi que estava com uma amiga gostosa, imediatamente soube que teria uma noite espetacular.
No mesmo instante, a loira ergueu o rosto, olhando para a outra com uma expressão fechada. Relembrei a noite anterior, sua satisfação em ter a minha atenção seguida pelo aborrecimento em saber que o convite só seria mantido se eu tivesse as duas em minha cama.
Eu poderia, claro, me entreter com uma de cada vez, como fiz ontem. Mas sua negativa, agora, me deu ideias muito mais divertidas e imensamente mais prazerosas.