máscara negra
[…Ela prometeu encontrá-lo em seus sonhos, mas sonhar não lhe era permitido….]
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Isadora resolveu, em um baile no domingo de Carnaval, agir como se pudesse fazer suas próprias escolhas. Escolheu a fantasia de Colombina. Escolheu a máscara, negra. Escolheu a maquiagem, exagerada como nunca usou. Escolheu pular a noite inteira como se não houvesse amanhã. Escolheu sair sozinha, escondida antes que alguém a visse. E se pudesse,
teria escolhido o par da noite. E seria novamente ele: o belo Arlequim.
Depois de saber que a vida podia lhe dar muito mais do que ela vinha recebendo, como Isadora pode voltar para sua vida normal?
Ela prometeu, ao belo Arlequim, que iriam se encontrar novamente, em seus sonhos. Como isso é possível, se nem sonhar lhe era permitido?
Não é um romance fofo, apesar de ser.
Não é um romance clichê, apesar de ser.
Mais do que falar sobre a mocinha mascarada que o mocinho precisa encontrar, esta história fala sobre família. Segredos de família. Coisas que acontecem entre quatro paredes e você sequer desconfia, porque as aparências enganam.
Nenhum laço de amor nos obriga a ficar com alguém que só nos faz mal…o amor liberta. Se aprisiona, não é amor.
Nesse livro você encontra:
Conteúdo +18
Cenas hot de tirar o fôlego
Superação
Nem sempre o que parece, é.
Paixão
Um amor que nasce num baile de carnaval
Romance
O amor em suas nuances
Capítulo 1
1 – O Baile
Isadora
A pontada incômoda, intermitente, e totalmente irritante me faz questionar minhas escolhas de vida. E o tanto de bebida que ingeri à noite passada.
Não foi muito. Um chope e dois mojitos. Bem, um mojito e meio. Mas era domingo de Carnaval. E eu queria ser normal, ao menos, por um dia. Fazer escolhas por mim mesma. Me livrar do caminho que me foi traçado desde menina. Pouco importa se as escolhas fossem as melhores, as mais coerentes. Desde que fossem minhas.
Escolhi a fantasia. Improvisei um corset branco, jogando uma saia quadriculada em preto e branco por cima. Escolhi uma meia 7/8 branca, mas vesti outro par preto.
Escolhi a máscara. Uma peça linda, preta imitando renda, que se prendia em minha cabeça por uma longa fita de cetim.
Escolhi a maquiagem. Me senti num teatro em Veneza, cobrindo o rosto de branco, a boca em vermelho vivo, os olhos em um preto profundo.
Escolhi pular a noite inteira, como se não houvesse mais amanhã. Como se eu fosse apenas uma jovem de vinte anos, prestes a viver o primeiro dia do resto da minha vida.
Escolhi sair sozinha, escondida, pulando a janela do quarto dos fundos quando ninguém estivesse vendo, após pedir um carro por aplicativo e pagar em dinheiro.
Se pudesse, teria escolhido meu par da noite. E teria sido ele, de novo. O Arlequim.
Ainda consigo sentir seu toque, me prensando em uma parede qualquer, erguendo minha saia quadriculada.
— Esta noite você é minha, Colombina.
Relembrar a voz rouca, dita baixinho ao pé do ouvido, me faz apertar as pernas, onde um conhecido comichão já se faz presente. Esse homem…
Não sei exatamente o que ele viu em mim. Uma garota deslumbrada em seu primeiro baile de Carnaval, agindo como se não houvesse amanhã. Dançando no meio do salão com uma caneca de mojito na mão, cantando que “garrafa cheia eu não quero ver sobrar” a plenos pulmões.
Foi instantâneo. Um rodopio e senti seu olhar em mim. O conhecido pinicar na nuca, como um chamado. “Olhe pra mim. Olhe pra mim, Colombina.”
Não demorou muito até notar a figura, encostada em um pilar, me observando. Calça preta. Camiseta básica branca. Colete preto por cima. Uma gola, preta e branca, combinando com o chapéu de pontas, era a sua fantasia. O rosto pintado de branco, deixando um par de olhos inacreditavelmente verdes ainda mais acesos.
Achei meu Arlequim.
Ou ele me achou.
Como um predador, ele veio em minha direção. Caminhando lentamente, sem desviar o olhar, amolecendo minhas pernas no processo.
— Qual seu nome? — ele perguntou de pronto, me puxando pela cintura, grudando meu corpo no seu. Assim, como se fosse normal.
— Colombina — respondi, em um sussurro.
Um sorriso preguiçoso, lento, se desenhou no rosto bonito. Um levantar de canto nos lábios grossos, que revirou minhas entranhas instantaneamente.
— Você é a coisa mais linda que eu vi esta noite, Colombina.